quarta-feira, 16 de abril de 2008
o esporte favorito do namorado e a faixa.
as pessoas perguntam porque a faixa na cabeça. não pratico esportes. softball não é um esporte. eu tenho o taco, o "bat", mas não é esporte. é coisa da faculdade. é entertainment, como diriam os americanos. baseball sim, baseball é um esporte. mas eu não jogo baseball. softball, até pelo nome, podemos dizer que não é um esporte. poderíamos passar um tempão aqui argumentando se softball é ou não um esporte. mas o assunto era a faixa. voltemos a faixa na cabeça. o bjorn borg usava. com muito style, diga-se de passagem. um dos atores do filme "royal tenembauns", também. acho que esse sim, o ator, usava em homenagem ao bjorn. eu não. a faixa é 90 e tal por cento algodão e alguns por cento elastano. o elastano, obviamente é o responsável pela elasticidade. "estilo...", eu penso baixinho. o anos 70 estão na moda. trendy, trendy. os anos 70 são trendy. meu namorado gosta da faixa. ele gosta da faixa por um outro motivo. não é porque é trendy, porque está na moda. não. meu namorado não tira as meias na hora de transar e eu não tiro a faixa. ele mesmo diz: "não tira faixa não amor. está na moda." mas eu sei que não é por isso. ele não liga lá para a moda. a explicação, eu sei, no fundo no fundo, é a mesma que eu usaria se praticasse esportes: o suor. a faixa absorve o suor. muito suor. bom, e não é nenhum segredo que o esporte do meu namorado é esse: o sexo.
as pessoas perguntam: "porque você usa essa faixa? 24 horas por dia?" softball como já te disse, não é lá assim um esporte. não cola. e quando a pergunta não é sobre a faixa, especificamente, vão direto ao ponto: "mas que esporte é esse, que você pratica?" eu mudo o assunto. pergunto se a tal pessoa já assistiu "os royal tenenbaums". como já te disse, um dos personagens usa a mesma faixa. mudo de assunto. embalo no wes anderson, falo do "the life aquatic with steve zissou." a única coisa que eu não posso dizer, até porque minha mãe é muito religiosa, é que o esporte favorito do meu namorado é o sexo. você sabe como são os vizinhos. se você juntar numa mesma história, uma faixa que absorve bastante suor e sexo, bem, não é lá a melhor combinação. minha mãe não perdoaria. até porque, ela jura que eu uso sempre a faixa por causa do softball.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
a linalva
meu nome é gilmar. amo essa mulher. quando eu a conheci, não era careca. "homão" ela me chamava. "vem cá meu homão isso. vem cá meu homão aquilo." nossa primeira vez foi encostado no portão da casa dela. a porta rangia, o cachorro latia. mas o tempo é foda rapaz. o tempo é complicado. meu cabelo se foi. mas a vontade de pegar ela de jeito, não. e se antes a linalva segurava qualquer onda. aguentava minhas manias. toda essa paciência foi para o caralho. o futebol ela aguenta. a mania de ajeitar o saco quando coloco meu jeans lee, também. mas catar resto de carne dos dentes com palitos 'gina', nunca. eu conheço aquela cara. aqueles lábios caidos. quando os lábios da linalva ficam molengas, fodeu. é que a linalva fica puta com o barulhinho. aquele, da língua sugando a carninha. a mesma carninha que é empurrada simultaneamente pelo palito de madeira 'gina'.
a linalva não suporta a minha relação com os palitos gina. porra, mas o que é que eu posso fazer se eu tenho os dentes frouxos. não fica assim não linalva. dezessete minutos depois, no intevalo de santos e guaratinguetá, linalva grita, durantes os melhores momentos de gilmar: "homão. vem cá meu homão."
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